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#17 Mobilidade urbana

Com esta edição da Revista Viva Favela, ampliamos a disseminação de conceitos básicos sobre mobilidade urbana, dando mais consistência ao chamado “tecido” social que, pela diversidade e igualdade, fortalece os conceitos de nação desenvolvida.

Mobilidade urbana é se locomover com facilidade pela cidade, independente do tipo de veículo utilizado. Ter mobilidade é ter a garantia de que se chegará a um lugar, de forma rápida, com conforto e segurança. É ter alternativas: para deixar o carro na garagem, para escolher um modal que me convenha, para pagar o valor de tarifa que possa, naquela hora. É dispor de ciclovias, se tiver condições de optar por atividades físicas e de sustentabilidade sócio-ambiental. É também ter calçadas que garantam acessibilidade aos deficientes físicos e visuais, e segurança aos idosos ou qualquer outro com mobilidade reduzida, porque essa igualdade de direitos consolida a sensação de plena cidadania.

Cabe aos governos estabelecer políticas públicas de transporte, trânsito e de uso e ocupação do solo, de forma a atender o conjunto da população. Um plano diretor, elaborado com a participação da sociedade, é a ferramenta que irá diminuir o número de deslocamentos, proporcionando acesso amplo e democrático ao espaço urbano, sem restrições de qualquer natureza, sem gerar segregacionismo, e perseguindo a melhor qualidade de vida.

Com isso, o desestimulo ao uso de veículos particulares será natural e acontecerá em função da eficiência, regularidade, conforto e segurança do transporte público coletivo e de massa, culminando com uma política de passe livre, assim como ocorre com a saúde e a educação. Quando chegarmos lá, estaremos concorrendo com o Butão, melhor “ranqueado” do que o Brasil em escalas classificatórias internacionais sobre felicidade.



 
Panoramas territoriais
Da Baixada Fluminense à ilha de Paquetá, via Rocinha: a quantas anda a mobilidade urbana?

Sinal fechado para transportes de massa na Baixada
Juliana Portella | Nova Iguaçu | RJ

Ausência do poder público prejudica transporte em Paquetá
Mariana Alvim | RJ

Transporte alternativo na Rocinha
William de Oliveira | Rocinha
 
Diários de mobilidade
Dois usuários sacam suas câmeras: uma de fotografia, outra, de vídeo, para registrar e refletir sobre os transportes que utilizam.

Sufoco no busão
Guilherme Junior | Vila Kennedy | RJ

Instantâneos da mobilidade
Roberta Machado
 
RJ: Políticas públicas na berlinda
Correspondentes "embarcam" em três temas polêmicos: teleféricos em favelas, CPI dos ônibus e a versão carioca do bilhete único.

O Bilhete Único Carioca e a falta de unificação
Renan Schuindt | Costa Barros | RJ

A caixa preta do transporte público carioca
Rosilene Miliotti | Maré | RJ

Teleférico ainda é alvo de polêmica
Thathiana Gurgel | RJ
 
Mobilidade radical
Entre o transporte e o esporte, um jeito diferente de circular pelo espaço urbano

Parkour: locomova-se com arte
Debora Pio | RJ

#16 Diversidade Sexual

Pode ser comum, mas não é natural parar para pensar sobre o convívio com a diversidade sexual em favelas e periferias brasileiras.

Pode ser comum, mas não é natural ouvir a voz e a experiência de pessoas que decidiram orientar sua identidade pelo autorrespeito.

Pode ser comum, mas não é natural prestar atenção na mudança de cena cultural produzida por artistas com orgulho de si.

Pode ser comum, mas não é natural imaginar a força do preconceito quando o estigma sobre a sexualidade se soma à pobreza, à etnia ou ao local de moradia.
 
Pode ser comum, mas não é natural... é o bordão atual de quem diz “não tenho preconceito, mas”.
 
Nesta edição, os correspondentes do Viva Favela escolheram os temas que lhes pareciam mais próximos, ou urgentes. E escreveram, descreveram e interpretaram o que viram e ouviram. Quanto mais próximos daqueles que consideramos “outros”, mais perto chegamos dos outros possíveis que há dentro de cada um de nós.

Este número da revista é uma modesta iniciativa para que a diversidade sexual seja reconhecida como um dos fundamentos da riqueza cultural da nossa espécie.

Outras contribuições serão sempre bem vindas.


 
Identidades líquidas
Quando a orientação sexual fala mais alto

As asas de Allana
Guilherme Junior | Vila Kennedy | RJ

Retificação
Karine Carvalho | Centro | PR

Bissexual*, sim senhor
Renan Schuindt | Costa Barros | RJ
 
Entretenimento engajado
Da arte de ser diferente

Um beijo pras travestis
Rodrigo Galdino | Juiz de Fora | MG

Dança preconceito, dança
Thamyra Thâmara | Complexo do Alemão | RJ

Boate gay: respeito e diversão para qualquer orientação
Letícia Rocha | Nova Iguaçu | RJ
 
Direitos e organização
Preconceito e violência são o desafio principal

A militância da aceitação em Nova Iguaçu
Juliana Portella | Nova Iguaçu | RJ

Tráfico não tem relação direta com homofobia
Rosilene Miliotti | Complexo da Maré | RJ
 

#15 Gastronomia

Falar de “gastronomia de favela” nos faz pensar em feijoada, quando estamos no Rio, ou em buchada de bode, se estamos na Paraíba, enfim, pensamos em “comida popular brasileira”. Mas, sem desprezar essas delícias, o que encontramos para comer nas favelas do país vai muito além do feijão com arroz. É claro que não falta o indefectível pastel da birosca nem o famoso churrasco na laje, mas se você quer mesmo conhecer o que se serve de bom nas favelas, saiba que irá encontrar comidas especiais, das mais diversas origens, nos locais mais insuspeitos. A experiência de se comer numa favela, porém, vai muito além do paladar. Se “comer fora” já é uma experiência prazerosa, provar de uma comida gostosa num local que não conhecemos é, também, uma experiência multissensorial. Porque, como se sabe, comer é algo que fazemos com a boca, mas também com os olhos, o olfato, o tato, os ouvidos, enfim, com todos os sentidos. Então tá aí o convite: deguste as matérias desta edição e faça delas um guia para conhecer e saborear esta gastronomia ainda desconhecida por muitos.




 
Fast Favela
Comer rápido, em meio ao corre-corre do dia-a-dia, não significa passar mal. É possível conciliar pressa e qualidade. Os locais escolhidos por nossos correspondentes revelam pessoas que preparam e servem lanches com aquele “algo mais” que vem da dedicação.

Feijão em cachorro-quente inova em Nilópolis
Bruno Lima | Baixada Fluminense | RJ

Elyte Burguer: o McDonalds da Vila Kennedy
Guilherme Junior | Vila Kennedy | RJ

O grande bauru da Maré
Rosilene Miliotti | Maré | RJ

O subúrbio que tem fome
Paloma Barreto | Padre Miguel | RJ
 
Rango é cultura
Uma crônica sobre o cotidiano gastronômico dos que madrugam em Sampa para ganhar o pão de cada dia, um roteiro apetitoso pela rua do Vasquinho, e uma visita à cultura nordestina no bar do Zé Ceará, no Complexo do Caju.

Um pedacinho do Nordeste no Caju
Lina Soares | Parque Boa Esperança | RJ

O paraíso gastronômico de Nova Iguaçu
Letícia Rocha | Comendador Soares | RJ

O apetite do trabalhador paulistano
Jean Mello | Vila Parque Jabaquara | SP
 
Chique é fazer bem
Tomar uma cerveja importada ou um crepe com vinho não é mais um privilégio de locais “finos”. A palavra “gastronomia” já caiu na boca do povo, e hoje se fala em “harmonização” como quem discute futebol. A sofisticação não vem só de ingredientes caros. Optar por uma alimentação saudável e inteligente, de preferência orgânica, também é uma atitude chic.

Alimentação sustentável na Babilônia
Juliana Portella | Nova Iguaçu | RJ

Tem crepe pra todo mundo no subúrbio
Landa Araújo | Rocinha | RJ

#14 Racismo

O Brasil é um país miscigenado, o que nos leva à crença da existência da democracia racial. Infelizmente, essa não é a realidade que vivenciamos. O racismo está presente no dia-a-dia de muitos brasileiros, seja com negros, indígenas, asiáticos e até mesmo com brancos. A diferenciação no tratamento, como a proibição da entrada de determina raça em um estabelecimento e o desrespeito, são algumas formas como a discriminação racial é evidenciada. No Brasil, o racismo é crime inafiançável e suas origens e causas devem ser analisadas com um olhar social, histórico e cultural. Na Revista Multimídia #14, você irá encontrar matérias que falam sobre o tráfico de escravos, a discriminação racial na infância e a diferenciação – perante a justiça – entre racismo e o crime de injúria.

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