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O grande bauru da Maré

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Fotos: Elisângela LeiteAloísio Chagas, morador do Morro do Timbau, Maré, é cliente do Point do Pinheiro e sempre pede o bauru quando vai lá.  O tamanho é tão grande, que Aloísio diz que eles conseguem dividir até por quatro pessoas. “Minha mulher diz que o bauru acaba com a dieta dela. Agora quando eu peço o bauru e só têm eu e minha esposa em casa, fica difícil comer tudo e a gente acaba comendo mais do que deve”, brinca.

O bauru é o carro chefe da lanchonete, na Vila do Pinheiro, Maré. Pão, filé de frango, contra-filé, queijos, presuntos, bacon, calabresa, ovos fritos, batata frita, alface e tomate compõe o prato que serve até seis pessoas, dependendo da fome. São tantos ingredientes, que o sanduíche pode ser considerado uma refeição e não só um simples lanche. “No bauru só falta o arroz e o feijão, aí viraria um prato completo. Mas o bauru não é nenhuma novidade, eu copiei do meu pai”, brinca Marcos Leonardo da Silva Ferreira, mais conhecido como Léo, de 28 anos, dono da lanchonete. Só para o bauru, por fim de semana, são gastos 45 kg de batata.

A lanchonete também tem outro matador de fome, o quarteirão de picanha. São quatro carnes no sanduíche, cada uma com 120 gr. Ao todo o sanduíche chega a pesar 800 gr. Nos fins de semana são vendidos 160 sanduíches de vários tipos, não só o quarteirão.

Para Léo, morador da Pavuna, não há diferença entre a clientela da Maré e a da Pavuna – onde tem outra lanchonete. Na verdade, na Maré ele cobra até um pouco mais caro, pois tem que seguir uma média que já é cobrada nas lanchonetes do entorno, mas compensa o valor um pouco mais alto no atendimento. Para dar conta da demanda, trabalham diariamente na lanchonete cinco pessoas na cozinha, um motoqueiro, além do próprio dono. Nos fins de semana, o  seu sogro dá uma ajudinha.

Investimento e negócio

Léo conheceu a Vila do Pinheiro através de uma amiga e “investiu no escuro” há dois anos. Foram gastos cerca de R$ 50 mil com obra e maquinário. Ele economizou com a mão de obra, já que colocou a mão na massa. “Estudei até a oitava série e não fiz curso de culinária ou gastronomia. Trabalho com isso desde os 11 anos. Comecei com meu avô e depois com meu pai. Aos poucos, fui comprando os equipamentos, chapa, utensílios e já estou com duas lanchonetes”.

Para ele, trabalhar no ramo de alimentação tem seus altos e baixos, não adianta montar e não saber se controlar. “Hoje o movimento está bom, mas amanhã pode não estar. Se não tiver o controle do que entra e do que gasta acaba tendo prejuízo, mas é um ramo bom, vale a pena investir”, sugere.

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