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Pequenos bailarinos da Vila Kennedy mostram o seu talento no Teatro Mário Lago

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Segundo uma publicação de Setembro de 2013*, num outro site de comunicação comunitária, “a cidade do Rio de Janeiro conta hoje, segundo dados de prefeitura, com 499 equipamentos culturais (teatros, cinemas, bibliotecas, museus, centro culturais, pontos de cultura e pontos de leitura). Destes, apenas 11,5% se encontram na Zona Oeste, que hoje concentra quase metade da população carioca… na Zona Sul e no Centro estão concentrados 77% de todos eles.”                                                          

Até por conta da situação apresentada nas informações acima, quando se fecha um espaço cultural, toda a população perde, ainda mais se for numa área que já carece de diversos serviços, como a Zona Oeste. No 2º semestre de 2012, os moradores da Vila Kennedy foram surpreendidos com o anúncio do fechamento do Teatro Mário Lago, o que efetivamente ocorreu em Fevereiro de 2013.

Vários moradores da VK se mobilizaram e muita luta aconteceu até que neste ano o teatro fosse reaberto, não mais administrado pelo poder público (como antes era administrado pela Secretaria Estadual de Cultura/RJ) e sim pelos próprios moradores, através do Movimento Desabafo Urbano (MODU) e a Central Única das Favelas / VK (CUFA VK).

A programação do Teatro Mário Lago também tem tido a participação dos moradores da Vila Kennedy e no último final de semana, o teatro praticamente ficou lotado com a apresentação do espetáculo Dançando com Elas 2 – O Retorno, já que a primeira edição também foi um sucesso. De responsabilidade das professoras de dança Christine Gonzalez, Claudia Vasconcelos e Daniela Pereira, o evento contou com 16 apresentações das suas turmas com jovens bailarinas, bailarinos, dançarinas e dançarinos.

No espetáculo Dançando com Elas 2 – O Retorno, foram coreografadas trilhas sonoras de filmes como Saltimbancos, Meu Malvado Favorito, Rio, Flash Dance, Karatê Kid e Footloose, entre outros. A platéia, formada por moradores da própria Vila Kennedy, na maioria pais e parentes dos bailarinos, bailarinas, dançarinas e dançarinos, mostrou que nem o forte calor que fazia naquele domingo, 19 de Outubro, primeiro dia do horário de verão, foi capaz de abalar o desejo dos moradores da VK de verem o melhor da arte através da dança.

Um dos momentos especiais do espetáculo ficou por conta da apresentação das professoras Christine Gonzalez, Claudia Vasconcelos e Daniela Pereira que dançaram ao som da trilha sonora 50 Tons de Cinza. Parabéns para todas, que com muita luta e suor, procuram encaminhar várias crianças e adolescentes para o belo caminho da arte da dança, muitas vezes sem o devido reconhecimento e apoio, principalmente de quem deveria investir na melhora da qualidade de vida de maneira igualitária para os moradores da cidade e do Estado do Rio de Janeiro.

 

Aplausos para os moradores da VK, especialmente os integrantes do MODU e a CUFA/VK, por não desistirem da luta de oferecer mais cultura para os demais moradores da Vila Kennedy e da própria Zona Oeste. Como disse o professor de Teatro Fernando de Araújo, morador da Vila Kennedy, “é um privilégio e uma honra, ter um teatro na Vila Kennedy desde o ano de 1979 e que já permitiu que tantos e tantos moradores pudessem ver e viver o lado bom da vida através da arte e da cultura.”

Um agradecimento também muito especial para o jornalista André Balocco, do jornal O DIA, responsável pela coluna Sem Fronteiras, que sempre divulga informações positivas de locais que nem sempre encontram espaço para mostrar o fazem de melhor

* Artigo publico no site Observatório de Favelas, 23/09/13, disponível em http://observatoriodefavelas.org.br/noticias-analises/cultura-num-lugar-bem-longe-de-voce/

 

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