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Marcha para Jesus Rio 2014 revela grandes campeões

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Lutadores da vida e dos octógonos

 

Matéria e entrevistas: Mano George

Fotos: Á Nega

Palco da Marcha

Este ano com o tema: Eu sou de Jesus, eu sou campeão, milhares de pessoas vestidas de verde e amarelo e com o tema da Marcha estampado na camisa fizeram menção a Copa do Mundo no Brasil. O evento que aconteceu ha cerca de um mês, reuniu pessoas no Centro do Rio, contou com a participação do projeto Faixa Preta de Jesus, coordenado por Ricardo Cavalcante; além do projeto Luta Pela Paz representado pelo cadeirante Alexandre M. Azevedo. A presença de pessoas que a cada edição da marcha se faz presente mantém a grandiosidade da festa que não é exclusiva dos evangélicos, mas que alcança adeptos independente da religião, principalmente por se tratar de um evento com shows de música gospel, gênero que vem crescendo a cada dia nas comunidades e favelas do Brasil.

Grandes lutadores da vida e dos octógonos, pessoas oriundas das comunidades do Rio e que ainda estão no anonimato como Alexandro de Azevedo, que sofreu um acidente na linha férrea e faz parte do projeto Luta Pela Paz em sua comunidade; Ricardo Cavalcante, diretor do projeto Faixa Preta de Jesus, localizado em Nova Iguaçú, e seus lutadores que estão se tornando lutadores profissionais de MMA, como Daniel Damm (ex-menino de rua) e Thiago Babuino; além de pessoas famosas da TV e do rádio, como o Pastor Sillas Malafaia e Anderson Freire, cantor da música gospel indicado ao Grammy Latino por duas vezes no ano de 2013: como Melhor Álbum de Musica Cristã Brasileira com o CD Raridade e Melhor Composição, com a música A Igreja vem. Ele que foio vencedor do prêmio Troféu Promessas 2013 (prêmio da música gospel promovido pela TV Globo). O cantor teve participações em programas de televisão, como Encontro com Fátima Bernardes e Raul Gil, atualmente Anderson se tornou um dos maiores sucessos da música gospel, ao lado de Thalles Roberto, que hoje é um dos mais famosos cantores do segmento que gravou com Naldo Benny e iniciará sua turnê internacional nos Estados Unidos durante a Copa do Mundo no Brasil este ano. Durante a Marcha, Anderson Freire falou sobre o que acha sobre a valorização da música gospel na mídia. “A influência da música gospel, eu vejo isso como algo positivo, eu não vejo isso como uma mistura pra perder, eu vejo isso como algo pra romper.” disse o cantor se referindo a respeito das barreiras que a música gospel encontrou durante anos no Brasil.

Entrevista com Anderson Freire (vestido de terno preto)

O fundador do projeto Faixa Preta de Jesus, Ricardo Cavalcante falou como funciona o projeto iniciado dentro de uma igreja em 2009, e como surgiu o nome e a logo que significa um “anjo” amarrando a faixa. O projeto é contra a pedofilia e tem ressocializado jovens do crime, das drogas, e das ruas. Daniel Damm, é um grande exemplo deste trabalho que tem proporcionado uma nova perspectiva de vida aos jovens em Nova Iguaçú, e atende jovens das comunidades de: Morro Agudo, Posse, Chatuba, Grão Pará, como também os bairros vizinhos, Belford Roxo e Mesquita. A instituição abrange pessoas de 12 a 60 anos de idade. Ricardo ressaltou que a internet é uma grande aliada nesse trabalho, “eu devo muito a internet, ao facebook, ao instagram, porque é onde a gente mostra o nosso serviço. Hoje nós temos um Centro de Treinamento (CT) que não é próprio, mas está alugado por dez anos, temos vários alunos e desses 400 alunos, a maioria veio do tráfico ou tiveram envolvimento com as drogas. A gente da pra eles o jiu-jitsu mais a palavra de Deus, o que tem resultado em uma mudança de vida. O jiu-jitsu é o feijão com o arroz, a palavra de Deus é o filémion”, disse Ricardo. O coordenador do projeto relatou também que a instituição possui parceria com o Ultimate Fighting Championship (UFC), tem um site com milhares de acessos, além da parceria com lutadores profissionais como: Minotauro, Minotouro, Ronaldo Jacaré, Equipe XG, Team Nogueira, entre outros.

Parte da Equipe Projeto Faixa Preta de Jesus: Da esquerda para direita, Thiago Rodrigues (Thiago Babuino), Daniel Damm, Repórter Mano George e o diretor do Projeto, Ricardo Cavalcante

O jovem Daniel Damm foi menino de rua, em sua adolescência se envolveu com falsos amigos e começou a usar droga, ao passar do tempo ele saiu de casa, começou a viver na rua, seus pais o reprimiram e não o aceitaram mais em casa. Mesmo vivendo na rua ele sempre teve o interesse em lutar, Daniel sempre ouviu falar desse trabalho e o que chamou a atenção foi o slogan do projeto: Faixa Preta de Jesus – Contra as drogas e a pedofilia, em Nova Iguaçu, bairro onde morava, após isso Daniel entendeu que deveria mudar de vida e viu no projeto a esperança de mudança. No começo do projeto ele era atraído pelo trabalho que acontecia através do esporte e da conscientização dos jovens, logo depois passou a ser atraído também pela fé em Jesus que era pregada no projeto e a partir daí foi encontrando foças pra vencer e se tornar um grande campeão, vencedor da vida e do esporte. “Até que um dia parou uma reflexão que eu falei pô tenho que sair daqui, daqui não posso ir mais pra baixo, tenho que ir pra cima. Foi onde através desse projeto eu pude mudar de vida. No começo do projeto eu ia mais pelo jiu-jitsu, com o passar do tempo eu fui me lapidando pela palavra de Deus que eu ouvia e me incentivava a ir pra frente. Hoje eu vou participar de um evento profissional, estou treinando forte pra isso e a vitória é consequência da guerra estou muito motivado”, disse Daniel, ex-menino de rua, que está se tornando lutador profissional de MMA (sigla americana que significa Artes Marciais Mistas).

Alexandro Azevedo de cadeira de rodas

Outro grande lutador da vida, presente na Marcha para Jesus 2014, no Rio, foi Alexandro M. Azevedo, de 36 anos, representante do projeto Luta pela Paz que perdeu as pernas em um acidente há cerca de 2 anos, na ocasião, trabalhando como vendedor ambulante, ao atravessar a linha férrea em obra, se descuidou e acabou atropelado pelo trem. Alexandro superou o acidente, mas ainda assim encontra dificuldades tanto para se locomover pela cidade, como para conseguir trabalho. “Eu fui atropelado por um trem para estar fazendo hoje coisas que eu não fazia antes, beneficiando os jovens, fazendo com que os jovens possam sair da criminalidade, venham ter um objetivo e proporcionar um bem maior para si mesmo”, afirmou Alexandro. A ONG que ele representa, é onde ele trabalha como conselheiro para os jovens participantes deste trabalho, proporcionando uma nova perspectiva de vida, como também incentivando-os na luta contra o crime e as drogas. Sua instituição encontra-se no Complexo da Maré, na Nova Holanda, com um pólo na Comunidade Marcílio Dias e outro na Baixa do Sapateiro, além de ter um pólo fundado em Londres, organizado pelo ex-boxeador, Luke. O cadeirante Alexandro Azevedo é um grande lutador que não vê a sua deficiência como algo que o impeça de seguir os seus sonhos, mas como algo que vai ser um grande diferencial em sua longa caminhada de vitória, valorizando a vida, o amor aos animais e principalmente ao ser humano. Esse grande lutador ressaltou que o projeto Luta pela Paz lhe ajudou a terminar o ensino médio e agora pretende cursar graduação e pós graduação em jornalismo ou medicina veterinária. Porque o jornalismo lhe daria a possibilidade de dar visibilidade a luta dos moradores e as dificuldades que as pessoas passam em sua comunidade. Já em relação ao interesse por medicina veterinária, ele revelou ser apaixonado por animais e o grande número de animais abandonados pela cidade desperta nele o interesse nessa profissão.

Entrevista com Alexandro Azevedo

O polêmico pastor Silas Malafaia abriu a Marcha e terminou o evento no Rio. Silas é psicólogo, líder do Conselho de Ministros do Estado do Rio de Janeiro (Comerj) e líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. O pastor conhecido na mídia pela forma enfática de suas pregações e opinião forte inclusive participando de programas como: De frente com Gabi, Ratinho, Superpop, Na Moral, The Noite, entre outros… Ao ser entrevistado a respeito da música gospel na mídia Silas respondeu: “A música gospel hoje está no mesmo nível de qualquer música, os cantores são convidados para os programas de rádio, pra programa de televisão e quem perde são eles (pessoas que tanto criticavam a música gospel), disse o pastor. Já em relação ao tempo em que o país está vivendo, com crise na política em meio a Copa do Mundo e as eleições, como deve se portar os evangélicos e cantores da música gospel? O pastor disse, “O evangélico tem que entender o momento político e exercer a sua cidadania no voto, saber em quem vai votar, não jogar voto fora porque o cara é bacana, porque o cara é da cidade, porque o cara é do bairro, porque nós estamos em um momento muito perigoso e nós temos que marcar a nossa posição. Uma nação só se resgata com produtividade e educação, o resto é blá, blá, blá, se a gente quer um país melhor, educação e produtividade, tem que trabalhar e muito, e dar educação ao povo, aí nós vamos mudar toda essa panorama aí”.

Entrevista com Silas Malafaia

Este ano a Marcha para Jesus no Rio levou ao palco os cantores: Fernandinho, Andre Valadão, Anderson Freire, Thalles Roberto, Bruna Karla, Fernanda Brum, Ministério Apascentar, Comunidade Zona Sul, Eyshila, Michelly Nascimento, Gospel Night, Jotta A, Jozyanne, Kleber Lucas, Nani Azevedo, Perlla, Raquel Melo, Renascer Praise, Tonzão, entre outros. O publico presente de acordo com 5º BPM (Praça Harmonia) reuniu em torno de 600 mil pessoas. Por volta das 17h30, estavam reunidas cerca de 200 mil pessoas no local de concentração do evento.

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