Novo sistema de recolhimento de lixo promete inovar na Maré
(Foto: Divulgação)
O programa Comunidade Limpa, da Comlurb, chegou no último dia 26 à Maré prometendo inovação na gestão de lixo não só nas 16 favelas do Complexo, mas nas outras favelas da cidade do Rio de Janeiro. Um dos diferenciais do projeto é o uso do “Laranjão”, um contêiner metálico e automatizado que facilita o descarte correto do lixo –300 unidades foram dispostas na Maré. ”Trata-se de um novo sistema, que está sendo implantado pela primeira vez no Rio de Janeiro. Tenho absoluta certeza de que a experiência vivida aqui poderá ser levada para outras comunidades”, afirmou o prefeito Eduardo Paes na inauguração.
Diariamente, as 16 favelas produzem 205 toneladas de lixo por dia. Cerca de 1,5% destes resíduos serão em breve processadas na própria comunidade, em uma usina que deve ser construída em agosto – a maior parte segue para o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR-Rio) em Seropédica.
Para Nelson Gonçalves, da Associação de Moradores do Parque União, sua comunidade é a mais crítica no quesito lixo. Ele acredita que a questão vai melhorar com o Comunidade Limpa, mas como ela é grave, vai demorar. “Temos 45 mil moradores e tem dias que um único caminhão de lixo entra e fica até tarde fazendo o serviço, tamanha a demanda”, afirma Gonçalves.
Os serviços de limpeza no complexo contam com outras atividades, como coleta domiciliar duas vezes ao dia, varrição diária das vias principais e poda das árvores. “A importância desse planejamento é atender a comunidade com novos equipamentos e mais garis, que estarão intensificando a limpeza. A participação dos moradores é fundamental para o sucesso dessa ação”, afirmou Vinícius Roriz. Para orientar e estimular os moradores sobre a mudança. a Comlurb está promovendo ações de conscientização, que serão intensificadas ao longo do ano.
O vice-presidente da Associação de Moradores da Nova Holanda, Marcos Henrique dos Santos, acredita que o novo projeto trará melhorias para a comunidade, elogiando a chegada de mais contêineres e caminhões. Ele afirmou ainda que as Associações de Moradores têm papel fundamental para o êxito do programa, pois podem atuar com a Prefeitura na conscientização dos moradores, além de realizar mutirões nas favelas.