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Faça a sua parte: saiba como

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Reunimos aqui informações importantes para que você saiba o que fazer para evitar doenças decorrentes da falta ou precariedade do Saneamento Básico.

Se sua casa não recebe água encanada pela rede pública de abastecimento, você deve se certificar de que a água que está usando é própria e não oferece riscos à saúde. A água de beber deve ser filtrada e fervida sempre que possível.  Uma receita simples para tratar água para consumo doméstico é usar água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) sem cheiro, sem corante, sem detergente e de procedência confiável, na proporção de duas gotas por litro de água. Essa água pode ser utilizada para a higiene, lavar alimentos e até mesmo consumo. Alguns postos de saúde fornecem água sanitária para desinfecção da água, neste caso siga as instruções da embalagem.

Para desinfetar alimentos que serão consumidos crus, aumente a proporção para uma colher de sopa em cada litro de água e deixe-os mergulhados nesta solução por 15 minutos, depois enxague em água corrente. As folhas devem ser lavadas uma a uma, dos dois lados.

Lave bem as mãos com água e sabão antes de manusear alimentos e antes das refeições. Lave também embalagens de comestíveis como latas e caixas tipo longa vida, antes de abrir. Mantenha a pia, panelas e utensílios de cozinha sempre limpos.

Em caso de entrada de água de enchente ou esgoto em casa, os locais atingidos devem ser lavados com água sanitária e usando-se luvas e botas de borracha ou sacos plástico presos às mãos e pés. Lave a pele com água limpa e sabão após o contato com a água suja.

Limpe a caixa d’água a cada seis meses.

Pense duas vezes antes de produzir lixo, e, principalmente, preste atenção em onde e como vai descartá-lo. Além da prefeitura e das empresas que prestam o serviço de limpeza urbana, você também é responsável pelo seu lixo.

Mesmo que seu lixo seja coletado na porta de sua casa pelo serviço de limpeza urbana da sua cidade, ainda assim você precisa colaborar. Informe-se sobre os dias de coleta e não coloque o lixo para fora nos outros dias, pois ele irá atrair animais como cachorros, que derrubam e sujam tudo, e roedores, que podem entrar na sua casa e na dos seus vizinhos, transmitindo doenças. Vale a pena pensar em alternativas para manter seu lixo a salvo, dentro de latões ou em grades de ferro suspensas.

Se a coleta for feita através de caçambas, faça o mesmo, evite levar o lixo em horários distantes do próximo recolhimento.

Separe o seu lixo! Se não puder separar papel, vidro, metal e plástico do lixo orgânico (restos de comida), separe ao menos o que é reciclável do lixo comum. Você só precisa manter um cesto ou saco separado para todo o lixo “limpo” (embalagens sujas devem ser lavadas antes do descarte).

Lembre-se de que o lixo pode ser uma fonte de renda. Se você não pretende vender seu lixo, pense que muitas pessoas vivem disso. Com uma mudança simples na sua rotina, você estará ajudando milhares de catadores que, ao facilitarem o processo de reciclagem, estão ajudando o planeta, ou seja, fazendo um favor a você.

Se sua comunidade não conta com serviço de coleta seletiva, você pode levar o lixo a um posto de coleta, ou contatar uma cooperativa de catadores, ou simplesmente separar e deixar as sacolas serem recolhidas pelo lixeiro. Acredite, mesmo sem coleta seletiva, separar faz diferença, sim.

Se sua comunidade não possui nenhum tipo de coleta de lixo, procure a associação de moradores para saber se algo está sendo feito, cobre da prefeitura e de vereadores, reúna os moradores e faça um abaixo assinado, faça barulho, mostre a Lei do Saneamento 11.445/07 e exija seu direito a este serviço!

Não queime seu lixo! Além de poluir o meio ambiente, é crime! Segundo a Lei de Crimes Ambientais (9.605/98), o indivíduo que queimar lixo doméstico ou qualquer outro pode ser multado e responder a inquérito. A fumaça libera gás carbônico que contribui para o efeito estufa, e se houver plástico se torna tóxica e cancerígena!

Jogar o lixo em terrenos baldios, valões ou nas ruas não é uma solução! Ao contrário, só atrai mais problemas. Esse lixo vai atrair animais transmissores de doenças como ratos e insetos, e pode ser levado pela chuva, espalhando o risco de infecções pelas ruas e para dentro das casas em caso de enchente. Já o despejo do lixo em rios, lagos e no mar é ainda mais problemático, pois contamina as águas que são consumidas por muitas pessoas, podendo levar doenças a pessoas e animais de uma comunidade ou mesmo uma cidade inteira.

Mantenha a casa limpa, sem restos de alimentos no chão, e leve o lixo para um local distante (mas descarte em lixeiras e caçambas!) de modo que os ratos não farejem e sejam atraídos por alimentos e lixo.

Utilize óleo de hortelã (vendido em lojas de produtos naturais) em bolas de algodão como repelente natural.

Feche as entradas possíveis usando esponjas de cozinha cortadas no tamanho certo. Mesmo pequenos buracos devem ser tapados. Camundongos conseguem se esticar e passar onde aparentemente não caberiam.

Use palha de aço (ou lã de aço) para vedar os buracos por onde eles escapam. Os roedores não conseguem roer este material e não poderão voltar.

Tenha gatos em casa ou coloque tubos com areia sanitária de gato (suja de urina) próximo às entradas da casa. Os ratos farejam a urina e se afastam. Se tiver gato em casa, certifique-se de que ele tem energia suficiente para caçar e permita que o faça na parte de fora da casa, evitando que os ratos entrem. Gatos castrados tendem a ficar muito gordos e podem perder esta capacidade.

A água utilizada em sua casa é descartada corretamente?  Não adianta apenas um cano levando a água suja para longe da sua casa. Você pode até se livrar do mau cheiro desta forma, mas não estará se protegendo de doenças transmitidas pela água contaminada. Se o esgoto doméstico for despejado de forma inadequada, ele ainda estará colocando a saúde dos habitantes da casa, e de toda a comunidade, em risco. Se o destino for uma vala, por exemplo, uma chuva mais forte poderá trazê-lo de volta, contaminando todos os que tiverem contato com essas águas.

O esgoto é um problema coletivo. Converse com seus vizinhos para encontrar a melhor solução. A primeira pergunta a fazer é se as casas da sua rua estão ligadas à rede geral de esgoto ou de águas pluviais (da chuva). Se estiverem, o próximo passo é saber com as autoridades locais se o esgoto possui algum tipo de tratamento ou se é despejado diretamente em um rio ou mar. A falta de tratamento implica em danos ambientais que colocam a saúde de toda a população em risco. Cobre propostas concretas dos candidatos em época de eleições, e cobre providências dos eleitos depois!

Se as casas não estiverem conectadas à rede geral de esgoto ou de águas pluviais, nem a uma fossa séptica que faça esta ligação, procure a associação de moradores ou reúna seus vizinhos para planejar uma ação coletiva. É obrigação legal do Estado garantir o saneamento básico para todos os cidadãos brasileiros.

Se você possui os meios para construir uma solução independente para a sua casa, saiba que existem soluções inovadoras sendo testadas em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil. Há, por exemplo, o reaproveitamento de “águas cinzas” (aquelas usadas em pias, banho e máquina de lavar) para fins não potáveis como descargas sanitárias, lavagem de pisos e veículos, etc. E os banheiros secos que transformam os dejetos em adubo orgânico, e depois você pode até vender caso não possua nenhuma plantação para aproveitá-lo.

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