Single Blog Title

This is a single blog caption

Nova Iguaçu ganha núcleo de atletismo

Share on Facebook0Tweet about this on Twitter
Foto: divulgação
Com foco nas Olimpíadas de 2016, Nova Iguaçu acaba de ganhar seu “núcleo esportivo de alto rendimento”, inaugurado na última segunda, 17, na Vila Olímpica de Nova Iguaçu. O projeto faz parte do programa estadual Esporte RJ, que visa a fomentar a prática de esporte profissional e amador através da abertura de núcleos esportivos por toda Baixada Fluminense – 50 deles dedicados a atletas de alto rendimento.
O núcleo inaugurado esta semana é especializado em atletismo, e conta com uma equipe de técnicos e enfermeiros empenhados em fomentar vocações esportivas em jovens de 7 a 17 anos. “A gente com toda limitação consegue ser referência na região. Há 16 anos não tínhamos um atleta como o Luiz Felipe no salto em altura, que bateu o recorde dos Jogos da Baixada. Com um suporte melhor, a gente certamente terá atletas para exportar pro Brasil todo” garante o secretário municipal de Esporte e Lazer Adriano Santos, referindo-se ao jovem saltador Luis Felipe Marques, 14, novo recordista da Baixada desde que atingiu a marca de 1,70 m (5 cm acima do recorde de 1997), em julho passado.
Foto: divulgaçãoLuis Felipe treinava vôlei no equipamento municipal, quando chamou a atenção dos treinadores com seus enormes saltos para alcançar a cesta. “A Baixada já tem uma reconhecida vocação para o Esporte e Lazer” lembra o secretário. “Quando você consegue oferecer essas atividades para os jovens da nossa cidade, você percebe que certamente vai ter celeiros tanto no futebol, handebol, quanto no atletismo” reforça.
Nova Iguaçu reivindica esta vocação com mais segurança desde que se tornou campeã de atletismo nos últimos Jogos da Baixada, em 2013. O município também se orgulha de seus atletas profissionais oriundos da localidade que passaram pela Vila Olímpica. A ex-jogadora de handebol Lucila Vianna, capitã da seleção brasileira durante três anos, e o ex-judoca Sebástian Pereira, diretor do Comitê Olímpico Brasileiro, são os exemplos mais famosos. Outra disciplina na qual o município se destaca é o futsal, onde já conquistou sete vezes o título de campeão dos Jogos da Baixada sob o comando do treinador Luis Carlos Amâncio, o “Cacau”. Hoje, um dos jogadores mais promissores é o jovem Agner Moura Izighety de Souza, morador de Vila Operária. Com apenas 8 anos, Agner conseguiu integrar a equipe de futsal do Vasco na categoria sub 9, e já desponta como um de seus melhores talentos, tendo contabilizado mais gols que o Messi na temporada.
Esporte também é saúde
A Vila Olímpica de Nova Iguaçu, situada no centro do município, foi criada na década de 1990, assim como as demais vilas da Baixada. Se a proximidade dos jogos dá visibilidade à política de incentivo esportivo, o equipamento também tem vocação social. Além do núcleo de alto rendimento, o espaço oferece diversas modalidades para os moradores de diferentes faixas etárias, desde o judô ao RPG.
Foto: Letícia RochaA ginástica para a terceira idade acontece todos os dias pela manhã e atende a mais de 70 alunas. Carmem Marques, freqüentadora da Vila há cinco anos, é um delas. Ela conta que sua vida melhorou com as aulas, dando-lhe mais disposição e amenizando as dores que sentia por conta da idade. Além disso, as amizades que fez durante esse tempo a incentiva a voltar à Vila todos os dias “Só esse encontro com as amigas é muito animador. Às vezes eu acordo com preguiça de levantar, mas, quando eu lembro que o pessoal vai estar aqui, me anima. É muito bom!”, conta ela.
Rosemar Vilela, 75, é amiga de Carmem. Ela pratica ginástica há três anos e também comenta que além dos benefícios da atividade para a saúde, ela agora é mais feliz pelas amizades que fez. “Nesse projeto conheci muitas pessoas, arranjei muitas amigas, vou a passeios, participo das festas. Sou uma pessoa muito mais feliz agora, com muita saúde. Eu aconselho todo mundo a vir”, diz Rosemar.
Pouco incentivo para o esporte amador 
Alguns dos usuários do equipamento, no entanto, se queixam da falta de manutenção. Isabel Cristina Feliciano, que é velocista há vinte anos, aponta o descaso com a pista de corrida onde treina, dentro da Vila Olímpica. “Nunca teve manutenção. Passam uma cal pra enganar. A pista está toda esburacada, só no cimento. A gente não tem condições de vir caminhar, está muito precária”.
Foto: Letícia RochaIsabel já participou de vários eventos e levou muitas medalhas para a cidade. O que lamenta, é não ver investimentos suficientes no esporte, já que a equipe arca com todos os custos nos campeonatos. Seu grupo, liderado pelo treinador Barnabé, – falecido há três meses – nunca teve apoio da secretaria. “Ele quem cuidava dos veteranos aqui, era um excelente homem”, revela.
Para a velocista, a degradação do equipamento foi piorando com o passar dos anos. Sua sugestão é que a Vila seja fechada para reformas. “Queria que trocassem a pista, deixei de vir por conta dos problemas. As coisas vão acabando. Isso é nossa culpa, porque se a gente deixar de vir até resolver o problema, eles melhoram. Por enquanto tá ruim” conclui.
A Secretaria reconhece que o acompanhamento e a cobertura dos gastos com passagens ou uniformes só são oferecidos para jovens atletas. Espera-se que, caso um deles venha a se destacar, ele seja acolhido por algum clube que dará prosseguimento a sua carreira.
Quanto à reforma da pista, a Secretaria informa que as obras só iniciarão após a abertura da nova sede, no próximo dia 10 de abril, no bairro da Posse. Esta terá também uma piscina. “Com uma vila nova, uma pista nova, eu não tenho dúvidas que o atletismo de Nova Iguaçu vire referência no Estado” aposta o secretário.

Deixe uma resposta

Parceiros