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Hoje a Rocinha grita Cadê o Amarildo??

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O sumiço de um morador na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, se torna um mistério. Há mais de 10 dias, a família do morador AMARILDO de Souza conhecido como boi, vem buscado incansávelmente uma solução para este caso.


O sumiço de um morador na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, se torna um mistério. Há mais de 10 dias, a família do morador AMARILDO de Souza conhecido como boi, vem buscado incansávelmente uma solução para este caso. AMARILDO foi visto pela última vez no dia 14 por volta das 8h. Ele foi levado por policiais da UPP da favela para averiguação e, desde então, não voltou para casa. Seus parentes rodaram hospitais e delegacias e não o encontraram até hoje. Durante a semana passada, os moradores protestaram contra o sumiço dele, nas quarta, 17, e na sexta-feira, 19, interrompendo o trânsito na Auto-estrada Lagoa-Barra, importante via de ligação entre a zona sul e a Barra da Tijuca.

Para nós é necessária a repressão e a investigação imparcial para a responsabilização criminal de maus policiais que forjam falsas resistências sob a real intenção de camuflar homicídios qualificados e que exterminam vidas humanas de maneira covarde em suas operações.

Hoje, na Rocinha, existem dois trabalhadores presos e um desaparecido. Amarildo de Souza é o desaparecido e Rodolfo Ferreira e Jorge de Paula Souza são os presos.

O presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous, afirmou segunda-feira (22) que “além dos desaparecidos da ditadura, teremos que cuidar dos desaparecidos da democracia”,  ao comentar o desaparecimento do morador da Rocinha Amarildo Dias de Souza, após ser levado por policiais para “prestar esclarecimentos” em uma delegacia.

A família de Amarildo disse que o Secretário de Segurança e os demais policiais se comprometeram em dar uma resposta até ontem, segunda feira, 22 de julho.

A vizinha da família Adriana relata que até mesmo o apelido de AMARILDO, o boi, é porque chamam ele de pé de boi, que é aquele cara que não corre de trabalho. “Ele sempre carregou material de construção pela favela a fora, até pra mim ele já carregou, não tenho nada para falar de mau dele, sempre me comprimentou com educação”, afirma ela. Adriana relata que esse policial que foi afastado já parou seu pai, um homem já aposentado e fez grosserias com ele porque o policial disse que ele estava perto de uma barraca suspeita de ser banca de jogo do bicho. “Queria que meu pai desse o paradeiro do bicheiro, é mole?! Meu pai disse: eu sei lá quem é o bicheiro e se soubesse também não iria falar.”, contou.

O delegado da 15ª DP, Orlando Zaccone, ouviu os quatro PMs da UPP na quinta-feira em que o afastamento foi solicitado pelo batalhão responsável pela área.

O delegado solicitou à PM imagens das câmeras instaladas na comunidade e também está analisando o GPS dos carros policiais que conduziram Amarildo de Souza.

Parentes do desaparecido, vizinhos e outras pessoas já prestaram depoimento.

[Foto Rio de Paz]

 

Segundo policiais civis, Amarildo foi levado à delegacia por agentes da Polícia Pacificadora da Rocinha no domingo para verificação e, como não havia nada contra ele, foi liberado em seguida. Na terça (16) a família registrou o desaparecimento.

Já o radialista, Júnior de Souza acha que tem muita coisa neste caso e a polícia tem o dever de proteger e não cometer perjúrias contra a população mais carente.

Leandro Bombeiro, morador da Rocinha, pergunta: “cadê ele? quem vai ser responsabilizado por este absurdo? ainda não vi nenhuma autoridade dar uma resposta.”

A inobservância e a passividade do comando da UPP mediante as várias reclamações feitas por moradores sobre esses maus policiais fardados, mostram o descaso do Estado com a nossa tão sonhada dignidade de se manter-se vivo quando o estado, com sua incompetência, se torna um predador de vidas.

Sua esposa Elizabeth Gomes de Souza não tem mais esperança em encontrar o marido vivo, o que leva mais dor e sofrimento para toda sua família.

Hoje o nosso principal grito de guerra é Cadê o Amarildo??? Afirma Gomes.

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