Ocupação de obras do Comperj é debatida por deputados e pela Petrobras
Ainda sem diálogo direto, os ex-catadores de Itaóca, que protestam contra a falta de contrapartidas pelas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, começam a ter suas reivindicações um pouco mais acolhidas pelo poder público.
Ainda sem diálogo direto, os ex-catadores de Itaóca, que protestam contra a falta de contrapartidas pelas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, começam a ter suas reivindicações um pouco mais acolhidas pelo poder público. Hoje, deputados estaduais farão uma reunião com a direção da Petrobras e, amanhã, às 14h, acontece uma audiência pública estadual sobre a situação dos ex-catadores.
Manifestantes temem que a força seja usada para que desocupem as obras daquele que promete ser um dos maiores empreendimentos da história da Petrobras. Na semana passada, a estatal obteve uma liminar na justiça que lhe garantiu livre acesso ao espaço. Mas, por enquanto, a única interferência da Polícia Militar foi o envio de um caveirão, no primeiro dia de manifestação, e a presença constante de uma viatura próxima à ocupação.
Em nota, a Petrobras afirmou que está aberta ao diálogo e que nenhuma reivindicação objetiva foi apresentada pelos catadores. Estes, por sua vez, dizem não estarem satisfeitos com as compensações pelas remoções, que ameaçam derrubar a Cooperativa de Óleo pelo Meio Ambiente (Coopema). Os ex-catadores também reclamam do valor recebido como compensação pelo fim do lixão, em 2012, que foi menor do que o recebido pelos catadores de Jardim Gramacho.