Reportagem

O carnaval de rua do Rio renasceu, apareceu e cresceu muito. Blocos temáticos somam força aos tradicionais, como o cinquentenário Cacique de Ramos. Nas zonas Norte e Oeste, o ressurgimento dos blocos de bairro permite que moradores brinquem o carnaval sem enfrentar trânsito para a Zona Sul e o Centro do Rio. Prova disso é a supergenda que o Viva Favela preparou, com mais de 300 opções de folia.

O compositor Monarco compôs seu primeiro samba, Crioulinho sabu, em Nova Iguaçu, aos oito anos de idade. Décadas e muitos sambas depois, o bamba que se consagrou na Portela, é homenageado no Carnaval iguaçuano, como enredo da atual campeã do carnaval local, a Império de Cabuçu.

Uma maternidade diferente é muito procurada pelas crianças em Jacarepaguá. Lá, “as mães das pacientes” chegam chorando com suas filhas machucadas. Depois de um tempo, voltam para buscá-las lindas e arrumadas.

Numa viela do Largo da Cefa, perto do Piscinão de Ramos, crianças e adultos assistiram, no dia 19 de janeiro, a mais uma seção do Cineminha no Beco. O sonho de um morador de levar cinema para sua comunidade virou realidade com uma ideia sustentável na cabeça e o apoio dos vizinhos. 

A homofobia mata um gay a cada 28 horas no Brasil, segundo o Grupo Gay da Bahia, a mais antiga associação de defesa dos direitos humanos dos homossexuais do país. O Beijaço Solidário reuniu 500 pessoas para apoiar Vinicius Vieira, vítima de homofobia em Nova Iguaçu.

O encontro “A juventude quer viver” reuniu, sábado (19/1), jovens moradores de Caxias e São João do Meriti em um debate sobre formas de combater o genocídio do jovem negro. Em 30 anos, de 56 mil homicídios, 30 mil foram de jovens, sendo 77% deles, negros.

Mal o ano começou e o carioca já foi obrigado a encarar, impotente, mais um reajuste nas passagens de ônibus, além de problemas como frota mínima, do estado precário dos veículos e da irregularidade nos horários, principalmente nas zonas Norte e Oeste. O aumento também chegou à Baixada, a região mais prejudicada.

Três jovens criaram um movimento na tentativa de minimizar a rivalidade entre dois grupos rivais da Pavuna e divulgar a cultura do rap. Com poesia, rima e fotografia, eles ocuparam um local que antes era ermo e marcado pelo temor à violência.