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Lá no alto do morro onde sou Favela!

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Hoje muito se fala na violência vivida nas favelas cariocas, no entando pouco se fala do cotidiano dentro das comunidades.


Ah a Favela!

Hoje muito se fala na violência vivida nas favelas cariocas, no entando pouco se fala do cotidiano dentro das comunidades. Sim há violência, mas há coisas muito interessantes, como por exemplo da alegria dos moradores, ainda que haja inúmeros problemas, eles nunca perdem o sorriso que carregam sempre nos lábios. A vida é difícil, mas não se pode perder a ternura.

Convivemos com a falta de políticas públicas adequadas e que atendam efetivamente as comunidades, convivemos com a violência, com abusos por parte de quem deveria nos defender, convivemos com a falta saneamento básico, com o serviço de saúde precário (quando há) e com diversas coisas que dificultam o nosso cotidiano. Já pensou como é tratada a questão da acessibilidade nas comunidades? Como  um deficiente caderante se locomove em comunidades onde não há ruas? Como os idosos que moram na parte alta do morro podem ter uma vida ativa?

Sem dúvida a Favela tem sido um tema bem debatido nos últimos tempos, mas esse debate é feito por quem é de fora em grande parte das vezes e o morador que vive aquela realidade cotidianamente não é ouvido. Muitos falam em nome da favela, mas poucos são realmente favela.

Enquanto morador fico muito feliz em ver que existem inúmeras instituições/organizações que atuam na defesa das favelas, mas será que elas realmente representam os interesses dos moradores? Será que elas estão atentas ao que ocorre no cotidiano das comunidades?

Vejo muitas instituiçoes/organizações preocupadas com as questões sobre segurança pública, mas e as demais problemáticas da favela? Quem fala sobre? Quem ouve os moradores? Quem luta por eles?

Com todos problemas que temos, ouso dizer, viver na Favela é muito bom!

Não me vejo em outro lugar, aqui tem um senso verdadeiro do que é realmente comunidade.

Quando precisamos fazer uma obra sempre aparecem pessoas prontas a ajudar de forma gratuita e desinteressada. Em qualquer lugar que a gente vá aqui dentro fazemos boas amizades, há sempre muita parceria entre os moradores.

Sim, há violência também, mas bem maior que esta é vontade dos moradores em viver e em transformar a realidade da comunidade.

 

 

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