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Monarco é enredo em escola de Nova Iguaçu

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Monarco não esconde a alegria em ser homenageado

Monarco não esconde a alegria em ser homenageado

O som do batuque da Bateria Vulcão da escola de samba Império de Cabuçu tem ecoado duas vezes por semana no município fluminense de Nova Iguaçu. Os carros alegóricos e adereços dos 450 integrantes da agremiação já estão sendo finalizados. A escola de samba é a atual campeã do carnaval local e está finalizando os preparativos para pisar na Via Light no domingo de Carnaval, com o enredo “Monarco Iguaçuano, na corte do samba virou bamba, Nova Iguaçu não te esqueceu”. A agremiação vai homenagear, em grande estilo, o ilustre ex-morador do município fluminense.

Apesar de ser conhecido pela sua história com a Portela, Hildemar Diniz, o Monarco, nasceu no bairro de Cavalcanti, mas passou a infância em Nova Iguaçu. Foi lá, inclusive, que ganhou o apelido, por causa de um personagem de história em quadrinhos. “Fui morar em Nova Iguaçu quando tinha quatro anos. Tive uma infância tranquila na cidade, faz muito tempo. Eu pegava laranjas, caçava passarinhos… Foi em Nova Iguaçu onde fiz o primeiro samba da minha vida”,  lembra o portelense, que compôs Crioulinho Sabu aos oito anos ainda na Baixada.

Considerado um baluarte da história do samba, compositor de canções gravadas por Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, grupo Fundo de Quintal e muitos outros artistas, Monarco vai participar do desfile. A presença dele balança ainda mais a emoção dos componentes da escola que vão participar da apresentação.

União e solidariedade

O presidente Vitor do Império une esforços para colocar o desfile na avenida. (Fotos: Juliana Portella)

O presidente Vitor do Império une esforços para colocar o desfile na avenida. (Fotos: Juliana Portella)

A agremiação iguaçuana conta com o entusiasmo de seus integrantes para o desfile acontecer. O presidente da escola,  Vitor do Império,  diz que todo ano é uma batalha para a Império colocar seu enredo na rua.  Seus fundadores se viram como podem e intensificam a temporada de ensaios abertos, festas e eventos para mobilizar os integrantes e arrecadar recursos para confeccionar as alegorias e adereços. Segundo ele, cada desfile custa em torno de 80 mil reais, sendo 50% custeados pela prefeitura e o restante, adquirido através de eventos mensais e com o apoio do comércio local. Apesar das dificuldades financeiras, o resultado, ano a ano, tem sido positivo.

Vitor está animado. “Nós trabalhamos o ano inteiro para o carnaval acontecer. Desde 2007 estamos recebendo os títulos de campeã ou vice-campeã e isto é gratificante”, diz ele,  que desde 1996 se dedica à Império de Cabuçu.
Como em outras escolas, na Império de Cabuçu, o folião que se comprometer em desfilar não paga pela fantasia. “A gente não cobra pela fantasia, sempre damos um jeito. Cola daqui, costura dali, pede um apoio, mas a comunidade desfila sem pagar pela roupa”, revela a presidente da ala das baianas, Márcia Souza.

Apaixonada por carnaval, Márcia desfila em cinco escolas mas é Império de coração

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Um dos fundadores da escola, o mestre de bateria Celsinho está ansioso: “Duas vezes por semana temos ensaio com os 70 ritmistas. “A bateria Vulcão vai sacudir essa cidade”, canta Celsinho, entusiasmado.  Enquanto isso, a diretora da ala das baianas, Emília Louredo, também está numa animação só. “Desfilo há seis anos e adoro, me divirto muito”, empolga-se. Ela vai desfilar acompanhada de  sua filha, que também foi contagiada com o amor pela escola.  Já Márcia Souza vai enfrentar uma maratona no carnaval. “Eu desfilo em cinco escolas, mas sou Império de Cabuçu de coração”, conta ela, garantindo que o samba já está na ponta da língua.

Apesar da agenda de compromissos cheia, o homenageado também está com os preparativos para o desfile em dia. “Estou muito feliz com essa homenagem, já mandei fazer meu terno branco para desfilar”, garante Monarco.

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