Single Blog Title

This is a single blog caption

Nova Iguaçu: vizinhos da maior estação de tratamento do mundo sofrem com falta de água e esgoto

Share on Facebook0Tweet about this on Twitter

Fotos: Juliana Portella

A Baixada Fluminense é uma região  muito afetada por problemas de saneamento básico.  No bairro Jardim Guandu, em Nova Iguaçu, onde está instalada a Estação de Tratamento da Cedae (Companhia de Águas e Esgotos), que recentemente entrou para o Guiness Book, livro dos recordes, como a maior estação de tratamento de água do mundo, moradores reclamam de sistema de esgoto precário e da falta de água constante.
 
Durante esse verão, a dona de casa Maria de Lourdes viu as torneiras de sua residência secarem e deixarem sua família sem água por quinze dias. “Vivemos em total abandono, além de não termos água, temos que conviver com esgoto a céu aberto e rua sem asfalto”, revela. A Cedae informou que no mês de fevereiro, em alguns pontos da rede de água que abastece o bairro houve interrupção no fornecimento para reparos.
 
No bairro de Jardim Paraíso o abastecimento também é irregular. De acordo com a estudante Denise de Sousa, a água só serve para lavar roupa, louças e tomar banho. “Para beber não serve, porque a maioria dos moradores tem fossa em casa e dessa forma a água fica imprópria para o consumo”, contou.

A situação não é diferente no bairro de Cabuçu. A dona de casa Ana Lúcia, moradora da Rua Tegipió, reclama da falta de um sistema de esgoto. “Moro aqui há 15 anos e nada mudou. Precisamos de ajuda imediatamente, pois a população está necessitada”, ressaltou. Uma vala de esgoto está aberta no meio da rua, que fica há poucos metros do CIEP 075, Jardim Cabuçu, e a 4 km da praça do bairro. A população está bastante incomodada com o mau cheiro e o excesso de mosquitos.

A Prefeitura de Nova Iguaçu reconhece a necessidade de melhoria e informa que pretende adotar uma política de saneamento adequada para a cidade. Garante, inclusive, que está sendo desenvolvido um Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). O secretário municipal de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente, Giovanni Guidone, disse que o objetivo do plano é debater projetos de melhorias para a drenagem, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e abastecimento de água, com foco no desenvolvimento sustentável.

O plano, que definirá regras para esses quatro temas, é uma parceria da Prefeitura com o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), com o apoio do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e do Comitê de Bacia da Baía de Guanabara, e com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O plano servirá de instrumento para a captação de recursos estaduais e federais, e a sua elaboração atende às diretrizes nacionais de saneamento básico.

Para Guidone, além de ser requisito obrigatório para acessar recursos federais para os serviços de saneamento básico a partir do ano de 2014, o plano é uma conquista ambiental significativa para o município. “Foi realizado um diagnóstico com levantamento de dados sobre drenagem, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e abastecimento de água. Os pontos altos da audiência foram o prognóstico e o programa de ações do plano. Fazer com que todos tenham acesso de forma digna a esses serviços (o princípio da universalidade), é uma das nossas maiores preocupações e prioridades”, destacou o secretário.

Deixe uma resposta

Parceiros