Artista, atleta e tetraplégico no Alemão
Há os super-heróis e os heróis invisíveis. Márcio Alcântara, 42, morador do Complexo do Alemão, pertence a esta segunda categoria. Tetraplégico após um acidente de moto em 1993, decorrente de uma tentativa de assalto, o funcionário público encontrou, no esporte e nas artes, caminhos para superar os obstáculos que se acumularam na sua vida: as limitações físicas, a exclusão social, o preconceito.
Nesses vinte anos de cadeira de rodas, as batalhas foram muitas. “Hoje faço esporte adaptado, trabalho, estudo. Essas vitórias, eu conquistei depois de ficar 15 anos em cima da cama, sem amigos e sem oportunidades”, relembra. Hoje em dia, Márcio tem agenda cheia: além do seu trabalho, participa das operações Lei Seca e é atleta paraolímpico de rugby – já levou até medalhas de prata e bronze em campeonatos nacionais paraolímpicos da modalidade.