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Cal e stencil marcam assassinatos

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Duzentos voluntários pintaram, na madrugada de hoje, 4 000 corpos nas ruas do Centro do Rio. Os desenhos, que lembram as marcações periciais feitas nas cenas de assassinato, fazem alusão às milhares de pessoas que morrem anualmente no estado do Rio de Janeiro. Os jovens negros são uma das faixas mais vulneráveis aos assassinatos: em 2012, 1 418 pessoas com idade entre 15 e 29 anos morreram no estado, sendo que destes, 76% eram negros.

A ação faz parte da Campanha Juventude Marcada para Viver (#JMV), que luta pelo fim dos homicídios da juventude negra, e é realizada pelos alunos da Escola Popular de Comunicação Crítica (ESPOCC), do Observatório de Favelas. Os desenhos foram feitos com cal e stencil e tiveram autorização do poder público para serem realizados.

Além desta ação, a campanha está recolhendo assinaturas com o objetivo de exigir o compromisso político do governo do estado com um protocolo normativo da ação policial. Este elenca medidas de caráter emergencial para a redução da violência letal, sobretudo em áreas onde a população negra é predominante. Para assinar a petição acesse: www.jmv.org.br.

João Lima (fotos) é jornalista, fotógrafo e integrante do coletivo Ocupa Alemão

Thamyra Thâmara (fotos) é jornalista, integrante do coletivo Ocupa Alemão e correspondente do Viva Favela

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