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A copa da faxina social

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As obras de mobilidade para a Copa em Curitiba custarão ao município no mínimo 12 vezes mais que o previsto inicialmente R$ 11,1 milhões para R$ 146,8 milhões.


As obras de mobilidade para a Copa em Curitiba custarão ao município no mínimo 12 vezes mais que o previsto inicialmente R$ 11,1 milhões para R$ 146,8 milhões. Sendo que a maioria nem sequer,em menos de um ano da copa saiu do papel. Mais de 2 mil famílias especialmente de baixa renda, já marginalizadas historicamente,serão removidas por obras da Copa na cidade, e muitas,com violações de direitos por parte do poder público nos preparativos do evento. Em Curitiba o poder público também se nega a informar com exatidão as áreas e o número de famílias que pretende remover de suas casas. Sem essas informações em mãos,a população não consegue alavancar um processo de organização e enfrentamento às intervenções urbanas que têm se apresentado de forma arbitrária” E calcula que cerca de 2.000 a 2.500 famílias deverão ser removidas de suas casas por conta de obras para a Copa em Curitiba e região metropolitana. As famílias que estão na mira das desapropriações não estão sendo informadas e consultadas conforme exige o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais que é o marco internacional de direitos humanos aplicável aos megaeventos. Em Curitiba, a Lei Municipal n. 13.620/2010 concedeu ao Privado Estádio Joaquim Américo Guimarães (Arena da baixada do Atlético PR) R$ 90 milhões em Potencial Construtivo para o financiamento de uma obra particular, enquanto a Lei Complementar n. 77/2010, na mesma linha, garante ampla isenção de ISS para a FIFA na cidade, demonstrando quem mais poderá lucrar com o evento. Enquanto isso, comunidades pobres aguardam há anos a instalação de equipamentos públicos básicos como hospitais, creches, escolas e postos de saúde. Trabalhadores informais, ambulantes e a população em situação de rua também sentem o aumento da repressão e da criminalização que pretende levar a cabo verdadeira “faxina social” na cidade. Para completar o quadro, foi instalado um Juizado Especial Criminal na “Arena da Baixada”, que sediará os jogos, e a Região Metropolitana de Curitiba recebeu as mesmas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) tão questionadas no Rio de Janeiro.

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