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#Eunãotiromeucap protesta contra proibição de bonés

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A lei estadual 6.717/2014 veio mexer com a cabeça dos cariocas. Em vigor desde 18 de maio ela proíbe o uso de bonés, chapéus ou capuzes no interior de bancos ou estabelecimentos comerciais. Ícone de diversas tribos e itens do mundo da moda, essas peças viraram os mais novos vilões da segurança pública. 

Segundo a autora da lei, a deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha do PSDB, limitar o uso dos bonés facilita a identificação de possíveis criminosos, já que utilizando o acessório fica mais fácil esconder o rosto das câmeras de segurança. A medida, não sem motivo, vem causando muita polêmica.

A partir do início da vigência da lei, um grupo organizou organizou protesto, apelidado de “bonezaço”, no Parque de Madureira. O mote do encontro foi estabelecer o movimento #EuNãoTiroMeuCap, que tem até fanpage e música homônima. 

Um dos integrantes do grupo, o rapper Marcelo Dughettu, aponta que a cidade já vive um momento delicado e que a aprovação dessa lei pode ser um catalisador de tensões. “A gente não pode deixar na mão do segurança e do vigilante a responsabilidade de quem entra ou não entra com boné, isso é arbitrário. Não podem interferir desta maneira no direito de ir e vir das pessoas”, reclama. 

Ele torce para que a lei “caia” e que um caminho a partir do diálogo seja encontrado. “A gente não pode aceitar este tipo de anulação, é uma interferência muito direta no estilo de cada um. Acho que o diálogo seria o melhor caminho, não a proibição”, pondera. 

Os estabelecimentos comerciais tiveram um mês para avisar, através de cartazes e placas aos seus frequentadores sobre a nova proibição. Enquanto isso, o movimento #EuNãoTiroMeuCap cresce nas redes sociais, fazendo circular os versos da música “não dá para entender estas leis ignorantes que marginalizam todos nós, mas isso vem de antes”.

No final do ano passado a Assembléia Legislativa também aprovou lei que proibiu o uso de máscaras em manifestações de protesto. Apesar de confundir rosto coberto com anonimato, foi justificada como auxílio à polícia na identificação de vândalos. Pouco depois, no entanto, a própria PM desmoralizou a nova lei. Agentes da corporação cobriram os rostos em manifestação contra os baixos salários.  

 

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