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Ferramentas inusitadas para malabaristas

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Objetos de trabalho feitos com cabos de vassoura, fita isolante, garrafas pet, parafusos ou pregos, além de martelo e chaves de fenda. Com estes e outros materiais, o artista circense Firu, apelido do argentino Javier Chaures, cria instrumentos sustentáveis e inova na arte milenar do malabarismo.
 

Fotos: Karine Carvalho





Firu busca criatividade nas ruas

Depois de passar pelo teatro, Firu está há oito anos apresentando seus números nas ruas e em espaços de arte e comércio de Curitiba. A opção por recriar seus instrumentos de trabalho com lixo reciclado passa também pela questão econômica. “Juntando alguns materiais básicos, encontrados em casa ou na vizinhança, é possível fazer uma clave, além de bolas e caixas”, explica ele.
 
Firu diz como fazer, com custo mais baixo, uma bola como as usadas por profissionais do malabarismo: “Ela pode ser feita com bexigas e fita crepe e preenchidas com arroz; as argolas são de papelão resistente e encapadas com tecido e cola branca”.
 
Há quase 15 anos desenvolvendo e aprimorando seu trabalho, o artista apresenta um número em que faz deslizar uma bola de acrílico de 100 gramas pelos braços, passando pela cabeça para alcançar as mãos, quando é manipulada de um lado ao outro, dando a impressão de estar suspensa por fios invisíveis. Ele fala com entusiasmo do contato que tem com o espectador: “A imaginação é o que mais me encanta no malabarismo, quando vejo a criatividade aflorando, a arte fica perfeita. Na rua você encontra pessoas de todas as tribos, um encanto!”, conta.
 
A busca por novos espetáculos
 
Segundo uma definição, o malabarismo é a arte de manipular objetos com destreza e de modo coordenado, muitas vezes utilizando manobras e truques que criam ilusão de ótica.
 
Para quem está interessado em dar os primeiros passos nesta arte circense, Firu explica que os malabaristas treinam muito para chegar à perfeição de seus movimentos.  Os objetos de equilíbrio são peças fundamentais e fonte de inovação para se criar novos espetáculos e, por isso, a importância da criatividade aguçada e antenada com as novidades.
 
Com sustentabilidade e criatividade
 
O tema sustentabilidade vem cada vez mais sendo discutido em distintas tribos sociais. Transformar objetos que já existem e criar ferramentas otimizadas para inovar no malabarismo dá oportunidade a qualquer interessado de iniciar nesta arte e praticar movimentos com bolas, claves, caixas ou, enfim, até onde for a criatividade do artista:
 
 “Até um palco inteiro daria para planejar com poucos materiais”, diz Firu, lembrando que grande parte (do material que pode ser utilizado na confecção de novos instrumentos) está disponível no lixo das cidades. Se a ideia for mais complexa, ele sugere fazer uma campanha rápida nas redes sociais para conseguir o material desejado. Ele mesmo já fez vários novos objetos. Além da já citada bola, Firu desenvolveu, com material reciclado, instrumentos como claves, bastões, devil stick, swing poi, diabolôs, argolas, entre outros.
 
Natural de Roraima, Rafael Benedito está há 20 anos em Curitiba. Quando decidiu aprender a manipular claves, optou por garrafa PET e E.V.A. para produzir seus instrumentos e treinar: “Não ficaram muito boas, mas aprendi a girar com elas, conta o malabarista, que também utiliza em seus espetáculos um monociclo. “Na rua, fui conhecendo outros artistas, que vão agregando em ideias e em materiais”.
 

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