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Guerra de facções amedronta Vila Kennedy

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Fotos: Guilherme Junior

Uma guerra entre facções rivais tem deixado moradores da Vila Kennedy amedrontados. Na última terça (18), segundo a PM, um ônibus foi incendiado por traficantes do Comando Vermelho e uma intensa troca de tiros foi ouvida durante toda noite. Parte da Avenida Brasil, sentido Santa Cruz, foi fechada por barricadas na entrada da favela da Metral. Devido aos conflitos, escolas e comércios fecharam as portas. A UPA e um posto de saúde deixaram de funcionar depois do tiroteio. PMs do 14º Batalhão (Bangu) foram recebidos a tiros por um grupo de marginais. No confronto, um homem identificado como Thiago da Silva Costa foi atingido e encaminhado ao Hospital Estadual Albert Schweitzer, onde não resistiu aos ferimentos e morreu. Com ele, foi encontrado um fuzil M-16 de uso exclusivo das forças armadas. Desde a noite de terça, a PM ocupa as comunidades da Vila Kennedy e da Metral com apoio do BOPE e batalhões de Campo Grande (40º BPM) e Santa Cruz (27º BPM).

Como tudo começou

Em 2011, parte dos traficantes do Comando Vermelho (CV) na Vila Kennedy migraram para o Terceiro Comando (TC). A única localidade que permaneceu sob o domínio do CV foi a Metral. Segundo moradores da região, as tensões entre as duas facções são constantes, mas pioraram depois da implantação das UPPs que levou bandidos expulsos das favelas pacificadas a se refugiarem em favelas da Zona Oeste.

Na última semana, líderes do tráfico da Metral se juntaram ao TC. Uma nova guerra se estabeleceu então, deixando os moradores no fogo cruzado. Uma diretora de uma escola do bairro, que preferiu não se identificar, disse que foi obrigada a fechar as portas, pois o clima de insegurança era grande. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação, apenas duas escolas e duas creches não tiveram aulas desde o começo dos confrontos. A dona de casa Ana Maria, moradora da Vila Kennedy, que também não quis se identificar, contesta a informação: “Tenho 3 sobrinhos que estudam em escolas diferentes. Nenhuma escola aqui da Vila Kennedy está funcionando devido a esses conflitos. Estamos com muito medo e preferimos não deixá-los saírem de casa”, conta.

Na manhã de quarta-feira (19), segundo levantamento da reportagem, aproximadamente 10 escolas municipais, 2 estaduais e 3 creches dispensaram os alunos devido à falta de segurança. O comandante do 14º BPM Gláucio Moreira assegurou que tropas da PM permanecerão no local até que os conflitos terminem.

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