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Apesar da economia, Guaratiba reclama do BRT

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Jovens protestam contra serviço dos ônibus locais. (Fotos: Wally Hermann)

Jovens protestam contra serviço dos ônibus locais. (Fotos: Wally Hermann)

Os moradores de Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste, que reclamam há décadas da precariedade do transporte público, aproveitaram a recente onda de manifestações para levantar sua bandeira contra a carência de ônibus e o preço das passagens, no dia 24 de junho, em uma caminhada com cerca de 300 pessoas no centro do bairro. Pedra é servido por apenas duas linhas que percorrem os 70 quilômetros até o Centro da cidade e custam bem mais do que os ônibus, que servem a toda a cidade e oferecem o bilhete único. As tarifas desses ônibus foram aumentadas em 1º de junho, como todas as outras do Rio, mas ficaram de fora da redução ordenada pelo prefeito, no último dia 19.

Uma das linhas que servem à população de Pedra de Guaratiba é o frescão da Viação Pégaso, que sai de Santa Cruz para o Castelo, no Centro, e custa R$ 13. A outra é a 381, que liga o bairro ao Castelo por R$ 9. Outra possibilidade é o passageiro pegar a linha integração do bairro à estação do BRT, no terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, inaugurado em junho do ano passado, de onde se pode ir para várias regiões do Grande Rio, que custa R$ 5,50 com o cartão do bilhete único.

Com o BRT o custo da passagem pode ter diminuído, mas não agradou aos moradores. Eles reclamam do fim da linha 886, que ligava o bairro ao Largo da Barra, com a tarifa única de R$ 2,75. O presidente da Associação de Moradores e Amigos da Capoeira Grande, Geovanni Gazzo, diz que a situação só piorou e convida o prefeito e o secretário de Transportes, Carlos Osório, a fazerem o trajeto para experimentarem o desconforto vivido pelos moradores.

Demora e superlotação

Manifestantes pedem investimentos no bairro

Manifestantes pedem investimentos no bairro

“Nossa grande esperança eram os BRTs, mas ficou pior que antes. Sofremos com a superlotação dos BRTs, com a mudança repentina de itinerários sem aviso prévio e ainda ficamos sem os ônibus modais para a Barra. Agora somos obrigados a usar os BRTs e, muitas vezes, a pagar duas passagens, já que não conseguimos lugar nos alimentadores, porque demoram tanto que, muitas vezes, perdemos o tempo de validade do bilhete único que é de duas horas”, reclama Gazzo.

O presidente da Associação de Moradores e Amigos da vila Mar de Guaratiba, Germano Thomé , faz coro. “A retirada das vans, que faziam o itinerário até à Barra e o Centro, mesmo considerando todas as alegadas irregularidades desse transporte, foi muito ruim para nossa região. Nós ficamos reféns dos péssimos e abarrotados BRTs e de duas empresas que, há décadas, monopolizam o transporte em grande parte da Zona Oeste. Elas oferecerem um transporte cada vez mais caro e mais precário, com ônibus mal conservados e intervalos demorados e irregulares.”

A assessoria da Secretaria Municipal de Transportes informou que, neste momento, o corredor Transoeste está tendo um movimento 20% superior ao estimado e, que, por isso, a Prefeitura do Rio determinou ao consórcio operador do sistema a aquisição de 12 novos ônibus articulados. Destes, três começaram a operar no dia 1º de julho. Os demais serão entregues até o fim do mês, o que garantirá, segundo a secretaria, o aumento da capacidade de transporte de passageiros e a redução do intervalo médio dos serviços do BRT e um nível de conforto adequado também nos horários de pico.

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