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8ª edição do Festival Visões Periféricas terá longas e transmissão via internet

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De 12 a 17 de agosto, acontece no Oi Futuro de Ipanema e no Centro Cultural da Justiça Federal, no Centro, a 8ª edição do Festival Visões Periféricas – mostra de filmes que abordam diferentes ângulos da periferia. Atuando em três vertentes que mesclam audiovisual, educação e tecnologia, o festival tem como proposta, há oito anos, mostrar e ampliar a visão das múltiplas periferias brasileiras através de produções culturais.

Nesse período, a produção do festival aumentou de 180 inscrições, em 2007, para 600, em 2014. “Para durar, tem que se reinventar. Procuramos acompanhar as mudanças, mas também propondo uma nova mentalidade em relação ao audiovisual, valorizando os cineclubes, a internet, as praças, as comunidades, como canais e espaços de difusão importantes para o surgimento de uma nova geração de público e produtores,” destaca o idealizador e coordenador do Festival, Márcio Blanco.

A novidade deste ano é a exibição de longas-metragens e a transmissão via internet dos filmes e debates ao mesmo tempo em que ocorrem. A transmissão pode ser vista no site do festival e o público que estiver assistindo também poderá fazer perguntas aos realizadores pelo próprio site.

Além do Oi Futuro de Ipanema e o Centro Cultural da Justiça Federal, também haverá exibições em comunidades e cineclubes, que irão exibir os filmes num período anterior, durante ou posterior ao evento principal.Também haverá sessões fechadas para alunos da rede pública. No dia 16, penúltimo dia, haverá o show de encerramento com o DJ MAM, no Multifoco Livraria, na Lapa. No dia 17, para finalizar o evento, além da cerimônia de premiação, o público também poderá acompanhar a apresentação do grupo de Recife Tambores de Olokun, na Praça General Osório, a partir das 19h.

As mostras competitivas se dividem em quatro categorias de exibições:

Visorama: produzidos por alunos de oficinas, projetos e escolas de audiovisual.

Fronteiras Imaginárias: curtas desenvolvidos por realizadores independentes e coletivos de audiovisual.

Cinema da Gema: reúne curtas-metragens produzidos por realizadores que residem no Rio de Janeiro.

Tudojuntoemisturado: produzidos por dispositivos móveis, os filmes tem até 5 minutos de duração. São aceitos vídeos no formato remixagem, mashup e videoclipe. Os vídeos desta categoria são votados via internet.

Já as mostras informativas, se dividem em seis categorias:

Lugar Incomum: documentários que mostram recantos e lugares do Brasil pouco conhecidos.

Singular Periferia: documentários que retratam situações peculiares e personagens inusitados que criam novo significado para os territórios que povoam.

Paixões Periféricas: curtas de ficção dedicados a amores possíveis, impossíveis, platônicos, ocasionais, improváveis e desfeitos.

Rede Municipal de Ensino do RJ: mostra de curtas realizados por projetos que trabalham com a formação audiovisual junto ao público de escolas.

Longas: a mostra abre espaço para os realizadores de longa-metragem e suas primeiras obras.

Filme em Curso 2014: exibição do material e discussão do processo de criação do filme Martírio, pelo diretor convidado, o coordenador geral do projeto Vídeo nas Aldeias, Vincent Carelli.

Homenagem

A homenageada da 8ª edição do Festival é a atriz Léa Garcia, considerada uma das damas negras da dramaturgia nacional. Sua carreira, de 65 anos, começou no Teatro Experimental do Negro. Sua estreia no cinema foi em 1959, com a personagem Serafina no filme “Orfeu Negro” de Marcel Camus, baseado na obra de Vinícius de Morais, pelo qual foi indicada ao prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes. Em 2004, ganhou seu primeiro Kikito, no Festival de Gramado, por sua interpretação em “Filhas do Vento”. Na televisão atuou em mais de 20 novelas, dentre elas “Marina”, “Escrava Isaura” e “O Clone”, e no ano passado ganhou o segundo Kikito, com o filme “Acalanto”.

Pensando a periferia

Para o coordenador do Festival, qualquer pessoa aberta e atenta ao diferente, ao novo, pode ter uma visão periférica sobre o mundo. “Quando assumimos a missão de pensar a periferia a partir de filmes, imediatamente surgiu uma questão: como fazer um festival que, ao invés de propor uma ideia fechada, fosse ele mesmo um espaço de questionamentos e de renovação sobre um conceito carregado de rótulos? Cada filme conta uma história, mas seu universo não se encerra nele. Procuramos nos colocar o mais abertos a impressões, pensamentos, sentimentos provocados por aquilo que também respira além do filme, pela surpresa, pelo que ainda não foi dito, mas de repente salta aos olhos e faz desejar“, complementa Márcio Blanco.

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