Single Blog Title

This is a single blog caption

Líderes comunitários debatem UPP

Share on Facebook0Tweet about this on Twitter

Encontro na Faferj questionou militarização nas comunidades e a falta de participação dos moradores.


Foto: William de OliveiraNa última sexta-feira, 25 de abril, 32 líderes comunitários estiveram presentes no debate “UPP e a militarização das favelas”, que ocorreu na Sede da Faferj – Federação das Associações das Favelas do Estado do Rio de Janeiro. O encontro também contou com a presença de Gilson Rodrigues, vice-presidente da Federação Municipal das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (Fafe Rio), representando a entidade, além de jornalistas e estudantes. 

Segundo o presidente da Faferj, Rossino Diniz, as mortes trágicas ocorridas em 2013 e 2014 em comunidades pacificadas, entre as quais os assassinatos de Amarildo, na Rocinha, e do dançarino DG, no Pavão-Pavãozinho, abriram a reflexão acerca da estratégia de segurança promovida pelas Unidades de Polícia Pacificadora.

Durante a reunião, vozes como a do ativista Rafael Matoso, da Rocinha, expressaram o desencanto das favelas com a pacificação. Além de denunciarem a extrema militarização das favelas, reclamaram da falta de investimentos no social, principalmente em creches e colégios. “Nada foi feito para suprir o lugar do tráfico de drogas na favela”, complementou Rafael. 

Falta de diálogo com moradores

Daise de Jesus, presidente da Associação dos moradores do Morro da Fé, defendeu o projeto das UPP de uma forma geral, mas criticou a forma que este vem sendo instalado, distante das Associações de moradores e dos líderes comunitários. “A UPP Social traz o planejamento pronto, não abre diálogo com os moradores para construir um projeto que atenda as reais prioridades da comunidade”.

A carência em investimentos sociais despontou como a principal demanda das lideranças presentes. André Santana, presidente da Associação dos Moradores do Morro da Caçapava, no Andaraí, sugeriu que fosse elaborada pela assembléia uma proposta de projeto de lei para que cada real investido na área militar fosse reinvestido na causa social.

No dia 23 de maio, a Faferj promoverá novo encontro para reunir as propostas já debatidas, assim como as que serão enviadas até esta data. O objetivo é que essas propostas componham um documento que será apresentado ao governador Pezão, e aos demais candidatos ao governo do Estado do Rio de Janeiro.

Deixe uma resposta

Parceiros